segunda-feira, 28 de março de 2011

Radiologia Industrial


O que é a Radiologia Industrial?                           


É o uso das radiações ionizantes na área da indústria.
No setor petrolífero, as técnicas nucleares são utilizadas na perfilagem de poços de petróleo ao longo das paredes de um poço. A interpretação de gráficos resultantes ajuda a determinar a localização, quantidade e produtividade de petróleo e gás do poço. A Radiografia industrial é considerada uma das técnicas nucleares mais empregadas porque asseguram a integridade de vasos de contenção, caldeiras, tubulações e soldas em dutos onde serão aplicadas altas pressões para o transporte de produtos como gases, óleos, entre outros.
Esta técnica é considerada de importância vital na segurança e qualidade, tanto de produtos quanto do meio ambiente, para trabalhadores e público em geral.
 Outros exemplos do emprego dessa técnica na indústria podem ser vistos nos aeroportos e portos através do trabalho de inspeção com raios-X das bagagens, containers e pacotes que vão e vem de todo o país e do exterior, o uso no controle de qualidade e ensaio não destrutivo.
As indústrias também têm contratado profissionais da área para atuarem na garantia do controle de qualidade como, por exemplo, na indústria de bebidas, aonde as fontes de radiação vêm garantindo que os produtos cheguem ao mercado com a quantidade e qualidade exigidas. O conteúdo, o nível e a densidade são verificados através do uso de fontes de radiação. Na indústria de papel, que opera com medidas padronizadas, a utilização de técnicas nucleares garante que todas as folhas tenham a mesma gramatura. Na construção de estradas são utilizados medidores de densidade e umidade de solos.
Nas indústrias de autopeças e de aviação é de suma importância a realização de um ensaio não destrutivo, ou seja, verificar defeitos de fabricação ou de desgastes em motores, turbinas, fuselagem, no caso de aviões; e freios, rodas, motores, volantes, e equipamentos de segurança dos carros.
Também há uso intenso nas indústrias metalúrgicas, bem como na indústria naval, para verificar a qualidade da solda em cascos de navios.


Fonte: www.radiologiaindustrial.com

Radioesterilização

A esterilização por radiação ionizante é uma técnica altamente eficiente, econômica e segura que tem tido um rápido crescimento na indústria médica nos últimos 15 anos. Prevê-se que no ano 2000 mais de 50% de produção de itens médicos descartáveis serão esterilizados por esse processo.
Atualmente existem três processos de esterilização industrial: por vapor (autoclave), óxido de etileno (EtO) e radiação ionizante. O vapor, a forma mais antiga de esterilização, é limitado a materiais resistentes devido à alta temperatura exigida no processo. A necessidade de uma esterilização "a frio" abriu as portas ao uso do EtO e à radiação ionizante.
A elevada competitividade da radioesterilização decorre das seguintes características do processo:
·         Os produtos são esterilizados já na embalagem final;
·         A penetração da radiação assegura esterilização de todo o volume do produto, seja na forma de sólido, líquido ou gel;
·         Processo é contínuo e não requer tratamento posterior para a retirada de gás residual;
·         Emprego de embalagem impermeável a gases, assegura esterilização por tempo ilimitado.
A grande quantidade de materiais compatíveis com a radiação por ionização (termoplásticos, borrachas, têxteis, metais, pigmentos, vidros, adesivos e tintas) torna extensa a relação de produtos esterilizáveis comercialmente por este processo: seringas descartáveis, agulhas, catéteres, luvas e kits cirúrgicos, suturas, implantes, proteínas, unidades para hemodiálise, placas de Petri, pinças, reagentes, cosméticos.

 Fonte: www.ipen.br

Como funciona a irradiação de alimentos?

Em circunstâncias particulares, a radiação ionizante é uma técnica de processamento de alimentos muito efetiva e útil.
A energia gama do Cobalto 60 pode penetrar no alimento causando pequenas e inofensivas mudanças moleculares que também ocorrem no ato de cozinhar, enlatar ou congelar. De fato, a energia simplesmente passa através do alimento que está sendo tratado e, diferentemente dos tratamentos químicos, não deixa resíduos. A irradiação é chamada de "processo frio" porque a variação de temperatura dos alimentos processados é insignificante. Os produtos que foram irradiados podem ser transportados, armazenados ou consumidos imediatamente após o tratamento.
          A irradiação funciona pela interrupção dos processos orgânicos que levam o alimento ao apodrecimento. Raios gama, raios X ou elétrons são absorvidos pela água ou outras moléculas constituintes dos alimentos, com as quais entram em contato. No processo, são rompidas células microbianas, tais como bactérias, leveduras e fungos. Além disso, parasitas, insetos e seus ovos e larvas são mortos ou se tornam estéreis.
A irradiação não é um "milagre" técnico capaz de resolver todos os problemas de preservação de alimentos. Ela não pode transformar alimento deteriorado em alimento de alta qualidade. Como também não é adequada para todos os tipos de alimentos, mas pode resolver problemas específicos importantes e complementar outras tecnologias. Ela representa uma grande promessa no controle de doenças originárias de alimentos, tais como a salmonelose, que é um problema mundial. Também é efetiva na desinfestação, particularmente em climas quentes, em que os insetos consomem uma grande porcentagem da safra colhida.
A irradiação de alimentos pode aumentar o tempo de prateleira - estocagem - de muitos alimentos a custos competitivos, ao mesmo tempo em que fornece uma alternativa ao uso de fumigantes e substâncias químicas, muitas das quais deixam resíduos.
Em muitos casos, alimentos irradiados em sua temperatura de armazenamento ideal e em embalagens a vácuo durarão mais e manterão por mais tempo sua textura original, sabor e valor nutritivo se comparadas com aqueles termicamente pasteurizados, esterilizados ou enlatados.


Fonte: Informativo CRTR06 nº I, II, III